sexta-feira, 15 de outubro de 2010

valter hugo mãe

O escritor que nos põe a ler sem travões por Vanda Marques
Publicado em 23 de Janeiro de 2010

«"a máquina de fazer espanhóis" é o quarto romance de valter hugo mãe. Fala da terceira idade e foi feito à base de latas de atum e sopa em pacote (...) » ler na íntegra na página do jornal I online.

Mário Vargas Llosa em entrevista

Leia a entrevista de Maria Leonor Nunes a Mário Vargas Llosa, Nobel da Literatura 2010, na página do Jornal de Letras

"Politicamente realista, só acredita no Paraíso por escrito. A Literatura é a utopia possível de Mario Vargas Llosa. O escritor peruano, de 67 anos, que é um dos nomes maiores da Literatura contemporânea, esteve em Lisboa para apresentar o seu novo romance, O Paraíso na Outra Esquina, e falou ao JL

Tem duas dezenas de livros publicados, milhões de leitores em todo o mundo e uma utopia: a Literatura. Talvez a Academia sueca lhe deva um Nobel, mas não são os prémios que o fazem escrever. Mario Vargas Llosa escreve porque essa é a sua "maneira de viver", como dizia Flaubert, a quem muito admira."A escrita tornou-se quase uma respiração" - assevera.

Nascido no Peru, em Arequipa, em 1936, sustenta-se a si próprio desde os 16 anos. Casou cedo com uma tia mais velha e teve sete ofícios, de uma biblioteca a um cemitério. Porém, foi como jornalista que verdadeiramente iniciou a sua carreira nas letras, até porque do muito que observou como repórter fez matéria-prima da sua ficção. Estudou em Espanha e viveu muitos anos na Europa, tendo trabalhado em Paris e Londres. À docência universitária e à ac-tividade literária acrescentou sempre um forte empenhamento social e político. Chegou a ser candidato à Presidência do Peru, mas sobretudo é uma voz que se faz ouvir sobre o curso do mundo, através das suas crónicas e intervenções públicas. Exemplo disso é tudo o que tem escrito sobre o Iraque, onde esteve recentemente. Foram devorados pelo tempo ou pelo desencanto os seus juvenis arroubos marxistas e a estima por Fidel e pela revolução cubana. O escritor peruano privilegia hoje o liberalismo social, declarando o seu amor à ideia de liberdade e de democracia global. (...)"