sábado, 2 de fevereiro de 2008

A revista editada pelo Círculo volta em Maio com periodicidade mensal

Já não era sem tempo. Vêm aí mais números da revista LER.


"O escritor e jornalista Francisco José Viegas anunciou ontem, formalmente, à vereadora do pelouro da Cultura da Câmara de Lisboa, Rosalia Vargas, a sua decisão de abandonar a direcção da casa Fernando Pessoa. O anúncio acontece dois anos depois de ter substituído Clara Ferreira Alves à frente da casa situada na Rua Coelho da Rocha, em Campo de Ourique. O motivo da saída foi o convite feito pela Fundação Círculo de Leitores para dirigir a revista Ler que regressa em Maio com uma periodicidade mensal. "Foram dois anos maravilhosos", declarou Francisco José Viegas ao DN em jeito de balanço de uma gestão feita com pinças dada a escassez de meios financeiros de que a casa dispõe. "A casa fez coisas novas, mas as oportunidades surgem e não pude dizer não a um convite para dirigir a Ler a um ritmo mensal", acrescentou o jornalista, que regressa a uma casa que já conhece. Chefe de redacção entre 1986 a 1989, passou a director da Ler a nesse ano e manteve-se até 2000, altura em que foi dirigir a revista Grande Reportagem. Em Março de 2006 entra na Casa Fernando Pessoa com a intenção de a "abrir à cidade", através de colóquios, lançamentos de livros, exposições... Agora é tempo de volta à Ler, uma revista que deixou de ser publicada há cerca de dois anos e que o escritor anuncia noutros moldes."Será uma revista menos literária e mais uma revista de livros. De todos os livros."Com redacção, na sede do Círculo de Leitores, viverá sobretudo de colaboraçãoes.Contactada pelo DN, a vereadora da Cultura lamenta a saída de Viegas e garante que ainda não há nenhum nome para o substituir. "Fez um trabalho excelente. Abriu a a casa ao exterior apesar dos poucos meios que tinha. Prestou um serviço à cidade, à poesia, à cultura, aos livros." Disse, no entanto, perceber as razões que o levam a sair. Quanto ao sucessor, a vereadora afirmou que está tudo a ser tratado com tranquilidade. "Quem vier terá de ser capaz de fazer pontes" ."


in Diário de Notícias, 2/02/2008